Regeneração óssea da maxila com blocos de origem xenógena- caso clínico

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Auditório 5 – 16 novembro, 12h10 – Ordem nº 6
Candidato a prémio

Francisco Correia

Universidade do Porto

Antonio Campos Felino
Daniel Pozza
Sonia Gouveia
Ricardo Faria Almeida

Objetivos

Reconstrução óssea da maxila para a colocação de implantes.

Apresentação

Paciente do sexo feminino, 50 anos, sem patologias sistémicas, fumadora de 10 cig/dia, com espessura da crista óssea média ≤3mm. Realizou-se uma incisão linear entre a região do dente 18 a do 28, com elevação de retalho em espessura total. Realizou-se a elevação do seio maxilar bilateral pela técnica de janela lateral descrita por Cadwell-Luc, e fixação dos blocos de xenoenxerto com parafusos de fixação recobertos com membranas de colagénio para promover uma ROG pelos princípios descritos por Melcher. Suturou-se com pontos simples (supramida 4/0).

Resultados

A TAC (10 meses) mostrou um ganho ósseo que permitiu a colocação dos implantes, conforme planeado.

Discussão

O tratamento entendido como o “Gold Standard” para reconstrução com blocos ósseos onlay é o osso autologo intra ou extraoral. A colheita requer um segundo local cirúrgico, aumentando o tempo cirúrgico, o risco de morbilidade e de desconforto do paciente, apresenta uma tendência para a reabsorção, especialmente quando de origem extra oral, limitando a durabilidade do aumento ósseo. Para ultrapassar estas dificuldades os blocos de xenógenos são uma boa alternativa, na reconstrução dos maxilares, apresentando propriedades biológicas, comprovadas radiograficamente e histologicamente, de remodelação e incorporação ao osso nativo. Hammerle et al. indicam que o tempo de espera para a segunda fase cirúrgica deve ser de 9-10 meses.

Conclusões

A utilização de blocos xenógenos apresentou ótimos resultados no aumento do volume ósseo evitando a morbilidade associada aos blocos autologos.