Inês Cardoso Martins

Restaurações em dentes anteriores com defeitos na formação do esmalte

Licenciada em Medicina Dentária pela FMDUL, 2005

Pós-graduação em Sedação Consciente com M.E.O.P.A, Universidade Henri Poincaré-Nancy 1, França, 2007

Especialização em Odontopediatria pela Universidade Católica de Louvain (UCL), Bruxelas, 2008

Assistente convidada do Departamento de Odontopediatria da FMDUL

Docente do curso Pós-Graduado de Especialização em Odontopediatria da FMDUL

Prática clínica privada exclusiva em Odontopediatria e tratamento a Doentes Especiais

Membro ativo da “European Academy of Paediatric Dentistry”, da “International Association of Paediatric Dentistry” e da “Sociedade Portuguesa de Odontopediatria”

Nacionalidade: Portugal

Área científica: Odontopediatria

2015/11/12 17:30 – 2015/11/12 19:00 | Auditório III

Resumo da apresentação

O termo “hipomineralização incisivo-molar”(MIH) é utilizado para descrever incisivos e primeiros molares permanentes, que apresentam defeitos no desenvolvimento da mineralização do esmalte.

Estes dentes apresentam opacidades bem demarcadas do esmalte, que de acordo com a severidade da patologia e hipoplasia associada, podem apresentar uma descoloração variável entre o branco e o amarelo-acastanhado. Os defeitos amarelos ou amarelo-acastanhados afetam o esmalte em profundidade enquanto os defeitos mais claros, amarelos ou brancos, são menos porosos e de profundidade variável.

Na maior parte dos casos os pacientes e os pais têm preocupações estéticas relativamente aos incisivos hipomineralizados. O tratamento dos incisivos permanentes afetados deve ter em conta a idade e cooperação do paciente, bem como as suas expectativas e as dos progenitores.

Várias abordagens de tratamento têm sido propostas no sentido de responder às preocupações estéticas envolvidas. Os tratamentos mais conservadores envolvem técnicas de branqueamento, de microabrasão ou a técnica “etch-bleach-seal”. O branqueamento em crianças pode induzir hipersensibilidade, irritação da mucosa e alterações na superfície do esmalte, enquanto a microabrasão pode levar à perda de esmalte.

Estas abordagens conservadoras devem ser o tratamento de primeira linha, sobretudo na fase final da dentição mista, quando os pacientes começam a expressar as suas preocupações estéticas. A dimensão da câmara pulpar e as margens gengivais imaturas dos incisivos permanentes jovens tornam os tratamentos mais invasivos, como as restaurações em compósito/facetas ou coroas, uma escolha de segundo plano.