Póster > Revisão > Periodontologia
Catarina Izidoro
Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
Introdução
A peri-implantite é uma das complicações mais frequentes associadas aos implantes dentários. Define-se por inflamação dos tecidos moles peri-implantares, acompanhada de perda de osso de suporte.
Objetivos
Apresentar o “estado da arte” no tratamento da peri-implantite.
Métodos
Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica na base de dados PubMed de artigos em inglês publicados desde 2010, utilizando os termos “peri-implant diseases”, “peri-implantitis”, “implant regeneration”, “periodontal diseases”, “dental implants complications” e “peri-implantitis treatment”.
Resultados
A peri-implantite afeta cerca de 80% dos pacientes. O diagnóstico precoce da peri-implantite é descrito como fundamental sendo consensual que uma abordagem não cirúrgica revela-se ineficaz. A regeneração óssea guiada, quando indicada, é a abordagem cirúrgica com maior sucesso. Existem poucos estudos a longo prazo que avaliem a re-osteointegração de implantes submetidos a tratamento regenerativo.
Conclusão
A abordagem não cirúrgica revela-se como um “primeiro passo” necessário para criar condições apropriadas dos tecidos moles, reduzindo a inflamação, contudo, é ineficaz em casos de perda óssea moderada ou severa, onde está indicada a abordagem cirúrgica. A regeneração óssea guiada é a técnica mais documentada para o tratamento de defeitos infra-ósseos peri-implantares profundos e estreitos. A avaliação dos resultados normalmente é feita através de métodos radiográficos, não se podendo concluir se existe uma verdadeira re-osteointegração do implante e se a sua extensão abrange todo o defeito ósseo.
Implicações clínicas
Não existe ainda na literatura um protocolo definido no tratamento da peri-implantite, contudo, uma abordagem precoce é fundamental para a sobrevivência dos implantes.