Póster > Revisão > Oclusão
Adriana Teixeira
Universidade de Lisboa
Objetivo
Estabelecer uma relação entre o deslocamento do disco e alterações degenerativas nas superfícies ósseas articulares.
Materiais e Métodos
Pesquisa desde 2000 até 9 dezembro de 2014 na base de dados PubMed com os termos “disc displacement”, “degenerative”, “bone” e “TMJ”. Aplicando filtros para estudos em humanos e critérios de exclusão, apenas 20 artigos foram considerados relevantes, destes, 14 encontravam-se disponíveis. Os critérios de exclusão são alterações degenerativas nos tecidos moles, incluindo alterações do disco, existência de patologia da ATM previamente diagnosticada, alterações da ATM sem relação com a posição do disco, cirurgias ortognáticas e cirurgias da ATM prévias.
Resultados
O deslocamento do disco (DD) sem redução está significativamente associado a alterações degenerativas, comparativamente a situações de saúde ou de deslocamento com redução. Alterações degenerativas ao nível do côndilo, eminência articular e cavidade glenóide significativas associadas ao deslocamento do disco. Também se verificam alterações adaptativas.
Discussão
Associação maioritariamente positiva entre o deslocamento anterior do disco e alterações ósseas degenerativas na ATM, sendo mais prevalente no deslocamento sem redução. No entanto, é de notar as diferentes metodologias e os fatores de viés (idade, adaptação fisiológica do indivíduo, trauma na região maxilofacial, parafunções e artrites sistémicas) que podem levar à alteração de resultados.
Conclusão
Associação positiva entre deslocamento anterior do disco e alterações ósseas degenerativas da ATM, no entanto, devido à variedade de metodologias e fatores de viés, mais estudos são necessários de forma a estabelecer uma relação causa-efeito entre o deslocamento do disco e as alterações degenerativas das superfícies articulares ósseas.