Eritema Multiforme Recorrente

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Hall dos Pósteres – 12 novembro, 14h30 – 15h30 – Ordem nº 83

Sérgio Barreto

Instituto Universitário de Ciências da Saúde

Rita Cerqueira
Suzel Coelho
Luís Monteiro

Descrição do caso clínico

Os autores apresentam um caso clínico de um doente do género Masculino, com 9 anos, encaminhado para a consulta de Medicina Oral do Hospital Privado de Alfena, devido a lesões ulceradas dolorosas na cavidade oral, com uma evolução de 6 dias. Ao exame intraoral foram observadas placas eritematosas e lesões ulceradas dos lábios e mucosas periorais por vezes com sangramento. Revelou história de surto de herpes labial 3 semanas antes do aparecimento desta manifestação alem de antecedentes de episódios similares. O doente foi diagnosticado clinicamente com EM, associado a herpes labial recorrente. O tratamento proposto foi a administração de corticóides tópicos, anestésico tópico e gel de clorohexidina. Foi pedido titulação sanguínea de anticorpos anti-HSV-1. Duas semanas depois constatou-se remição completa das lesões. Os exames laboratoriais confirmaram serologicamente a presença de anticorpos Anti-HSV-1 IgG.

Discussão

Eritema multiforme (EM), descrito pela primeira vez por VonHebra em 1862, é uma doença inflamatória aguda, geralmente autolimitada, por vezes recorrente, induzida por alguma reação imunológica a infeções ou antigénios farmacológicos. O termo EM inclui uma variedade de apresentações clínicas como a EM oral, EM minor, EM major, síndrome de Stevens-Johnson [SJS]) e a necrólise epidérmica tóxica [TEN]).

Conclusões

A mucosa oral é a mais afetada região das mucosas em EM, com uma predileção pela mucosa labial. Os corticosteróides sistémicos são eficazes no controle dos focos, embora seu uso como terapia de manutenção não está claramente indicado. O médico dentista encontra-se numa posição privilegiada para um correto e atempado diagnóstico de EM.