Leucoplasia Oral – Caso Clínico

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Hall dos Pósteres – 12 novembro, 14h30 – 15h30 – Ordem nº 82

Isa Soares

Instituto Universitário de Ciências da Saúde

Bruno Duarte Bessa
Ana Lúcia Paula
José Amaral
Luís Monteiro

Palavras-chave

Leucoplasia, pré-maligno, lesão, branca, biópsia, diagnóstico, precoce

Descrição do caso clínico

Paciente do sexo masculino, 61 anos, sem antecedentes médicos/familiares relevantes, fumador moderado, consumidor de álcool regular, recorreu à consulta de Medicina oral devido a uma lesão envolvendo a comissura labial esquerda e mucosa jugal com 3 meses de evolução. Clinicamente observou-se uma lesão branca unilateral em placa de 6×4 mm, bordos mal definidos e irregulares e de aspecto verrugoso. O paciente era portador de prótese superior acrílica com gancho o qual foi removido para eliminação de possíveis fatores traumáticos- eliminação de possível fator etiológico. Foi avaliado passado 1 mês sem qualquer remissão da lesão que foi submetida a uma biópsia excisional com recurso ao azul de toluidina. Foi apontado como diagnóstico provável a leucoplasia que foi confirmado com o resultado anátomo-patológico que revelou ausência de displasia, infecção fúngica ou vírica. O paciente encontra-se em observação semestral apresentando-se actualmente sem sinal de recidiva.

Discussão

A leucoplasia é a lesão potencialmente maligna mais comum da mucosa oral. Neste caso optou-se pela remoção total da lesão, após eliminação da possibilidade de trauma por prótese e especialmente por se tratar de um individuo de risco (hábitos tabágicos/ alcoólicos, idade entre 40-70, sexo masculino) de modo a prevenir uma possível transformação maligna.

Conclusão

O diagnóstico precoce e tratamento da leucoplasia poderão reduzir as taxas de mortalidade e morbilidade do cancro oral. Os médicos dentistas têm um papel essencial e privilegiado no diagnóstico, tratamento e vigilância destas lesões.