Sedação moderada como alternativa de tratamento em Odontopediatria – caso clínico

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Hall dos Pósteres – 12 novembro, 14h30 – 15h30 – Ordem nº 75

Caroline de Carvalho

Universidade Católica Portuguesa

Filipa Santos Bexiga
Mariana Seabra
Andreia Figueiredo

Descrição do Caso Clínico

J.R.M., sexo feminino, 10 anos de idade, paciente não colaborante com quadro clínico de autismo. O motivo da consulta é a presença de dor espontânea, infeções recorrentes e medicação quase em contínuo, sem sucesso de tratamento em consulta de medicina dentária privada. Ao exame clínico, apresenta extensas lesões de cárie no 36 e 46, com lesão periapical e um quisto associado às raízes do 75. O plano de tratamento indicado foi a extração múltipla dos dentes decíduos e dos primeiros molares definitivos inferiores, sob sedação moderada por via endovenosa (midazolam, quetamina e propofol). O prognóstico é favorável.

Discussão

A realização de tratamentos dentários em pacientes pediátricos que apresentam alterações comportamentais constituem frequentemente um grande desafio clínico para o Médico Dentista. Dependendo da maturidade psicológica, emocional, mental e física dos pacientes, as técnicas de controlo comportamental convencionais podem não apresentar a eficácia e a segurança adequadas à realização dos procedimentos médico-dentários. Assim sendo, são necessários métodos alternativos, como a sedação.

Conclusão

A introdução da sedação na consulta de Odontopediatria aumentou os índices de sucesso antes, durante e após os tratamentos dentários. Esta técnica proporciona um aumento da colaboração do paciente pediátrico, reduzindo ou eliminando o medo e a ansiedade, proporcionando uma sensação de segurança e conforto. Além disso aumenta o controlo sobre os movimentos e reações adversas durante a consulta, e induz amnésia retrógrada dos eventos experimentados enquanto o paciente está sob efeito do agente sedativo.