Esclerose Tuberosa e Implicações a Nível Dentário

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Hall dos Pósteres – 12 novembro, 14h30 – 15h30 – Ordem nº 74

Ana Rita Ferreira de Oliveira

Universidade Fernando Pessoa

Patrícia Edviges Marques Lameirão
Inês Margarida Mateus Gonçalves
Cristina Cardoso Silva
Manuela Crespo

Introdução

A Esclerose Tuberosa é um distúrbio sistémico raro, de hereditariedade autossómica dominante. As suas manifestações podem ser evidentes ainda no período pré-natal, mas a maioria dos sinais e sintomas clínicos surgem ao longo da infância, adolescência e idade adulta. Quase todos os indivíduos com Esclerose Tuberosa apresentam alguns sinais da doença a nível dentário e cerebral.

Descrição dos casos clínicos

Dois irmãos do sexo masculino diagnosticados de Esclerose Tuberosa apresentam clinicamente alterações de mineralização do esmalte com alteração de cor de mancha branca estando um deles a realizar tratamento para a epilepsia.

Discussão

A Esclerose Tuberosa pode causar diversos tipos de lesões cerebrais. Alguns indivíduos apresentam todas as lesões, enquanto outros não apresentam envolvimento cerebral. As manifestações mais frequentes são a epilepsia ou convulsões. A nível dentário, podem apresentar manchas no esmalte dentário e um sobre crescimento das gengivas (fibromas). Deste modo, os dentes e o tecido das gengivas apresentam-se ligeiramente alterados obrigando a um maior cuidado para se manterem saudáveis. O esmalte dentário pode apresentar fissuras aleatórias que ocorrem em qualquer superfície sendo mais suscetíveis ao desenvolvimento de cáries, estando indicada a aplicação tópica de verniz flúor se o dente se encontrar sem cárie.

Conclusão

O médico dentista pode facilmente identificar as alterações de esmalte que cursam com Esclerose Tuberosa, patologia que impõe uma abordagem multidisciplinar, sistemática e regular de eventuais problemas de saúde, procurando minimizar o risco de complicações potencialmente graves.

Palavras-chave

Esclerose tuberosa, hereditariedade, epilepsia, alterações genéticas, hipoplasia de esmalte, saúde oral