Reprocessamento / Rastreabilidade de Dispositivos Médicos reutilizáveis em Medicina Dentária: revisão narrativa

Póster > Revisão > Materiais Dentários

Hall dos Pósteres – 12 novembro, 9h30 – 10h30 – Ordem nº 42
Candidato a prémio

Lígia Pereira da Silva

Universidade Fernando Pessoa

Sandra Gavinha
Patrícia Manarte Monteiro
Tatiana Alves

Introdução

O reprocessamento de dispositivos médicos (DM) reutilizáveis é um elemento-chave no controlo de infeção em ambientes clínicos, sendo relatado em diversas áreas da Medicina.

Objetivos

Realizar revisão descritiva da definição do instrumental clínico como DM e descrever conceitos e processos de reprocessamento e rastreabilidade dos DM em Medicina Dentária.

Métodos

Realizou-se pesquisa na PubMed, entre os anos 2000-2015, com palavras-chave: “contaminação cruzada”, “desinfecção”, “esterilização”, “instrumental reutilizável”, “reprocessamento”, “rastreabilidade” e “Dispositivos Médicos”. Foram identificados 563 artigos. Incluíram-se revisões narrativas/sistemáticas e estudos observacionais dos processos reprocessamento/rastreabilidade; excluíram-se publicações dos efeitos causados na resistência dos DM, eficácia de métodos e de equipamentos de processamento.

Resultados

Foram selecionados 16 artigos. O instrumental de Medicina Dentária está incluído na categoria de DM, regulado por legislação. Dependendo da natureza e da complexidade do DM, diversos métodos podem aplicar-se, reconhecendo as suas características e limitações. As etapas de reprocessamento/rastreabilidade podem incluir: desmontagem, limpeza, desinfeção, inspeção, teste funcionalidade, embalagem, esterilização e armazenagem, requerendo registos detalhados, capacidade logística e formações adequadas. As instruções dos fabricantes de DM ficam aquém das exigências regulatórias necessárias, havendo lacunas de informação que podem condicionar os processos. A descrição da literatura é escassa, sendo necessário estudos aplicados às particularidades do ambiente clínico da Medicina Dentária.

Conclusões

O reprocessamento/rastreabilidade depende do tipo de DM, instruções emitidas pelos fabricantes, formação de profissionais e requer registos documentados e validados, não existindo um protocolo standard.

Implicações clínicas

O reprocessamento/rastreabilidade dos DM promove otimização de recursos e favorece a segurança dos pacientes e da equipa de Medicina Dentária.