Dilaceração coronária – a propósito de um caso clínico

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Hall dos Pósteres – 12 novembro, 14h30 – 15h30 – Ordem nº 29
Candidato a prémio

Liliana Dias

Universidade do Porto

Diana Bastos-Aires
Maria Rosa Couto
Inês Correia
Otília Lopes

Descrição sumária do caso clínico

Paciente com 6 anos de idade compareceu na consulta de Medicina Dentária devido à assimetria na erupção associada aos dentes 31 e 41. História de traumatismo na região anterior aos 2 anos de idade. Após exame clinico e radiográfico confirmou-se o diagnóstico de dilaceração coronária associada ao dente 31. Foi explicado à mãe quais as consequências desta anomalia e os possíveis tratamentos, bem como recomendados controlos até à erupção completa do dente para realizar o tratamento adequado.

Discussão/Conclusão

Apesar de a dilaceração coronária ser uma condição relativamente rara, não deve ser subestimada, uma vez que pode apresentar várias implicações clínicas como: retenção prolongada do dente decíduo, fenestração apical, cárie na junção da porção dilacerada com a não dilacerada (provavelmente, devido a uma maior acumulação de biofilme nesta zona), bem como a não erupção do dente afetado. Neste sentido, para além da monitorização da erupção completa do dente é necessário realizar tratamentos preventivos para prevenir o aparecimento de lesões cariosas. Na presença de lesão de cárie o tratamento depende da sua extensão, podendo ir desde um simples tratamento restaurador a um tratamento endodôntico. A não erupção do dente dilacerado pode implicar a realização de um tratamento ortodôntico.

Em suma, o tratamento da dilaceração envolve uma intervenção multidisciplinar, devendo iniciar-se logo que possível. O diagnóstico precoce e o follow-up alargado são de extrema importância, pois evitam a perda do dente dilacerado.