Póster > Casos clínicos > Implantologia
Francisco Correia
Universidade do Porto
Descrição do caso clínico
Paciente do género feminino, 18 anos, sem patologias sistémicas e não fumadora apresentava lesão periapical no dente 21, anteriormente submetido a tratamento endodôntico não-cirúrgico e cirúrgico, retro-obturado com MTA. Em virtude da persistência da lesão, com fistulização recorrente, realizou-se a exodontia e uma técnica de preservação da crista óssea (xenoenxerto e membrana de colagénio) para reconstituição da arquitetura óssea.
Após um período de cicatrização de 9 meses, colocou-se um implante Straumann® Bone Level (4.1x12mm) na posição 3D ideal; segunda fase cirúrgica realizou-se após 2 meses com valores de ISQ 77-81. A coroa provisória, foi modificada três vezes com o intuito de modelar o perfil de emergência para a coroa definitiva (4 meses).
Aos dois anos observa-se uma estabilidade dos tecidos duros e moles.
Discussão
As exodontias levam a mudanças ósseas horizontais e vertical que poderão condicionar a colocação de um implante na sua posição 3D ideal, comprometendo a estética futura.
Seis meses após uma exodontia ocorre uma diminuição do volume ósseo na ordem dos 29-63%, horizontalmente, e dos 11-22%, verticalmente[1].
Com o objetivo de manter ou aumentar o perfil da crista existente foram desenvolvidas técnicas de preservação da crista óssea[2].
O perfil de emergência deve ser modelado com recurso a uma coroa provisória, comprovando a estabilidade dos tecidos antes da execução da coroa definitiva[3].
Conclusão
A técnica de preservação da crista óssea previa a cirurgia do implante permitiu a sua colocação na posição 3D ideal. Aos 2 anos observa-se uma estabilidade dos tecidos duros e moles.