Estudo Epidemiológico de Intervenção Comunitária Desenvolvido em Crianças Escolarizadas de Trás-os-Montes

Póster > Investigação > Medicina Dentária Preventiva

Hall dos Pósteres – 12 novembro, 12h00 – 13h00 – Ordem nº 09
Candidato a prémio

José Frias Bulhosa

Universidade Fernando Pessoa

Augusta Silveira
Ana Teles
Maria Raquel Silva
Teresa Sequeira

A intervenção comunitária em Saúde Oral deve constituir uma oportunidade de capacitação do indivíduo para a obtenção de recursos que potenciem a satisfação com a vida e a integração social.

Avaliar condição oral, IMC, hábitos alimentares, atividade física, sono e qualidade-de-vida-relacionada-com-a-saúde em crianças com idade escolar.

Materiais e métodos

Estudo aprovado por Comissão de Ética.

Observação extra e intraoral de 214 crianças (6-16 anos) do distrito de Vila Real. Registaram-se índices: cpod e CPOd, DAI, Índice de Dean, IHO-S, traumatismo dentário. Administrou-se questionário semi-quantitativo relativo a saúde oral, hábitos alimentares, atividade física, sono e os instrumentos de medida EQ-5D-Y, OHIP-14.

Resultados

O cpod aos 6-9 e 10-14 anos foi 3.14±3.26; 0.21±0,71, respetivamente e o CPOd 6-9, 10-14, 15-16 anos foi respetivamente de 0.92±1.33; 2.93 ±2.94 e 5.65±4.63 (média±desvio-padrão). O IHO-S mediano foi o mais frequente. A prevalência de fluorose dentária foi 18,2% (feminino) e 16,3% (masculino). A prevalência de traumatismo dentário foi 19,16%. O sexo feminino apresentou um IMC normal (19,53kg/m2), sexo masculino excesso de peso (19,79 kg/m2). EQ-5D-Y pontuou com mínimo no nível 1 (66.7%, “Ter dor”) e o OHIP-14 com máximo de 0.45±0.06 (“Dor física”).

Conclusões

Assinalaram-se:

– Marcantes assimetrias relativas à Saúde Oral;

– Prevalência elevada de cárie dentária e fluorose;

– Reduzida auto-perceção do impacto da saúde oral na qualidade de vida.

Implicações clínicas

Sinaliza-se:

1) Necessidade de identificação precisa de fatores de risco para doenças orais;

2) Importância da administração de flúor fundamentada nas evidências científica;

3) Premência na adoção de medidas preventivas específicas para grupos de risco.