Decisão clínica perante terceiros molares inferiores assintomáticos. Estudo comparativo: Portugal vs. Espanha

Póster > Investigação > Cirurgia oral

Hall dos Pósteres – 12 novembro, 12h00 – 13h00 – Ordem nº 01
Candidato a prémio

Daniela Alves Pereira

Universidade de Coimbra

David Pereira da Silva
Joana Saraiva Amaral
Eduard Valmaseda Castellón

Introdução

Detetam-se grandes variações na indicação da extração quando o 3M está assintomático. Inclusivamente na literatura observamos uma grande controversia. O NICE desaconselha a extração profilática do 3M, no entanto a AAOMS contempla-a como uma das indicações.

Hipótese de Estudo

A decisão de extrair um 3M inferior depende do país de procedência ou trabalho do clínico, da experiência cirúrgica e do grau de dificuldade previsto da extração.

Material e Métodos

Casos clínicos selecionados aleatoriamente através do envio de um e-mail a Médicos Dentistas portugueses e espanhóis. Para cada 3M inferior apresentado, o clínico indicaria se recomendaria a extração, justificação dessa decisão e grau de dificuldade da extração do 3MI numa escala de Lickert. Os resultados foram analisadas estatísticamente com o programa IBM SPSS® 20.

Resultados

Responderam ao questionário 411 clínicos, 39,2% portugueses e 54,7% espanhóis. Comprovámos que aumenta o grau de dificuldade da extração nas inclusões mais profundas e com menor espaço MD disponível. O grau de dificuldade da cirurgia diminui com os anos de experiência do clínico (p<0.05); IC 95%. Observou-se ainda maior tendência à extração por parte dos Médicos Dentistas portugueses.

Conclusões

A decisão clínica perante 3MI assintomáticos depende da formação académica e da experiência cirúrgica do Médico Dentista.

Implicações Clínicas

A criação de Guide Lines atualizadas permitiria aos clínicos uniformizar critérios de diagnóstico e tomar decisões adequadas e ponderadas perante um 3M assintomático.

Palavras-Chave

Terceiro Molar, Extração dentária, Cirurgia Oral, Dente assintomático, Grau de dificuldade, Indicações