Distração osteogénica com distrator dentosuportado

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Auditório IV – 12 novembro, 15h50 – Ordem nº 12
Candidato a prémio

Joana Queiroga

Universidade de Coimbra

Francisco Fernandes do Vale
Jessica Scherzberg
Luísa Maló
Artur Ferreira

A distração osteogénica deve ser considerada uma opção de tratamento do retrognatismo mandibular.

Caso clínico

Paciente do sexo feminino, 21 anos, classe II, hiperdivergente, retrognatia mandibular, com necessidade de tratamento ortodôntico-cirúrgico. Foi colocado um distrator dento-ancorado, de fabrico individualizado.

Cirurgicamente, foi realizada uma incisão na mucosa bilateralmente, com descolamento subperiósteo, revelando o bordo alveolar e basilar e a face externa do corpo da mandíbula. De seguida, foi realizada a corticotomia da tábula externa e interna com uma broca de Lindemann, entre os pré-molares inferiores, com ligeiro desvio, de forma a preservar a continuidade do feixe vásculo-nervoso alveolar inferior, sendo realizada a osteotomia com recurso ao osteótomo. Após a verificação da mobilidade óssea, ensaiou-se o distrator e fez-se uma sutura por planos.

Após 7 dias de latência, foi iniciado o processo de aumento do comprimento mandibular, que se fez diariamente, a uma velocidade de distração de 1 mm/dia durante 10 dias. Após o período de distração, o dispositivo foi bloqueado, seguindo-se um período de consolidação. Para controlar o processo de osteogénese foram realizadas radiografias panorâmicas.

A distração osteogénica é uma alternativa à osteotomia sagital bilateral da mandíbula, com a vantagem de não necessitar de fixação intermaxilar, o período de recobro ser mínimo, com menor dor e menor parestesia, o que a torna um procedimento não incapacitante. A utilização do distrator dentoancorado permite a sua colocação e remoção sem recorrer a intervenção cirúrgica.

A distração osteogénica utilizando o distrator dento-ancorado foi eficiente no alongamento sagital da mandíbula.