Controlo comportamental não farmacológico – revisão narrativa

Comunicação oral > Revisão > Odontopediatria

Auditório IV – 12 novembro, 15h10 – Ordem nº 10
Candidato a prémio

Daniela Santos Soares

Universidade de Coimbra

Joana Leonor Pereira
Sara Rosa
Maria Teresa Xavier
Ana Luísa Costa

Introdução

O controlo de comportamento, essencial em Odontopediatria, assenta num conjunto de técnicas capazes de melhorar a comunicação, reduzir a ansiedade e eliminar condutas indesejadas. O estabelecimento da comunicação verbal/não-verbal constitui a base da dinâmica da consulta e está subjacente a técnicas de controlo comportamental básicas, como dizer-mostrar-fazer, controlo da voz, reforço positivo, distração e dessensibilização, entre outras, sendo que a sua seleção deve atender ao perfil individual da criança e ao tipo de tratamento a realizar.

Objectivos

Realizar uma avaliação bibliográfica crítica das diferentes abordagens comportamentais não farmacológicas utilizadas em Odontopediatria.

Métodos

Conduziu-se uma pesquisa na PubMed/Medline utilizando como palavras-chave “behaviour”, “child”, “basic communication techniques” e “pediatric dentistry”, referente aos últimos 10 anos, em língua inglesa e com resumo disponível.

Resultados

Identificou-se, cumprindo os critérios de inclusão, um total de 119 artigos, selecionando-se 20 após análise do conteúdo científico do resumo, a maioria dos quais revisões narrativas e estudos clínicos. A estas referências acrescentaram-se 5 por pesquisa cruzada.

Conclusões

Embora o controlo comportamental não farmacológico se revele crucial em Odontopediatria é necessário desenvolver estudos adicionais com maior nível de evidência no respeitante à efetividade das técnicas preconizadas.

Implicações clínicas

O domínio destes procedimentos incrementa a confiança entre o médico dentista, a criança e o cuidador, reduz a ansiedade, possibilita a realização de um tratamento dentário adequado e promove uma atitude positiva perante os cuidados da saúde oral. A generalidade das crianças pode ser tratada com técnicas básicas, devendo o recurso a técnicas avançadas deve ser ponderado considerando o risco-benefício.