Deteção precoce do cancro oral: a importância do exame clínico
Doutorado pela Universidade Complutense de Madrid em 1991
Professor titular de Cirurgia Oral (Professor-ANECA). Universidade de Santiago de Compostela.
Coordenador das campanhas Nacionais de Diagnóstico Precoce de Cancro Oral, em Espanha.
150 artigos publicados em revistas especializadas reconhecidas.
Nacionalidade: Espanha
Área científica: Medicina oral
2014/11/07 15:00 – 2014/11/07 16:00 | Auditório C
Resumo da apresentação
Para a maioria dos países, o cancro oral constitui um sério problema, com uma taxa média de sobrevivência que ronda os 50 a 60%. Adicionalmente, durante as últimas 4 décadas, a proporção de pacientes diagnosticados nos últimos estágios tem-se mantido estável.
Assim, o diagnóstico precoce do cancro oral torna-se crucial e a redução dos atrasos nos diagnósticos nos cuidados primários pode vir a ter um enorme impacto na melhoria das taxas de sobrevivência. Porém, é por vezes difícil quantificar a importância do diagnóstico precoce e avaliar o significado dos atrasos em termos de sobrevivência ou de apresentação de casos em fase tumoral a centros de tratamento.
O conhecimento dos efeitos das intervenções dirigidas à redução dos atrasos nos diagnósticos permanece limitado. Estudos que abordam o tempo decorrido entre os primeiros sintomas e o reencaminhamento do paciente devido a falha na confirmação de malignidade provaram que existe uma relação significativa (acréscimo de 2.5-fold na mortalidade) com a taxa de sobrevivência.
O estado de enfermidade também deve ser considerado um resultado de interesse na investigação realizada nesta matéria, uma vez que se correlaciona positivamente com a taxa de sobrevivência do paciente.
O atraso no diagnóstico total no cancro oral e orofaringeal pode também ser associado a estágios avançados de diagnóstico. Tendo em conta estes factos, o diagnóstico clínico precoce melhoraria a taxa de sobrevivência de pacientes de cancro oral.