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Ana Mafalda Gomes
Universidade Fernando Pessoa
Introdução
Reabsorção óssea na região anterior da maxila, hipertrofia das tuberosidades, hiperplasia do palato, extrusão dos dentes antero-inferiores e reabsorção dos rebordos distais na mandíbula, são as características do Síndroma de Kelly (SK).
Objectivos e métodos
Pretendeu-se avaliar as possibilidades de reabilitação de pacientes com SK. Pesquisa na Pubmed, SciELO e Science Direct de artigos entre 1972–2014; Palavras-chave: “Kelly Syndrome”, “Combination Syndrome”, “Anterior Hyperfunction Syndrome”, “bone resorption”, “Dental implants”. Foram considerados artigos de revisão e de casos clínicos que incluíssem reabilitação oral de indivíduos com SK.
Resultados
Realização de próteses com esquema oclusal e remoção do tecido hiperplásico do palato com regularização das tuberosidades é a opção de tratamento mais comum, tendo a impressão funcional um papel primordial. A reabilitação mediante implantes osteointegrados, em ambas as arcadas, de forma a ocorrer uma melhoria exponencial na retenção, funcionalidade, estabilidade, conforto e estética e uma oclusão mais estável e duradoura, constitui actualmente uma opção.
A colocação de sobredentaduras, preservando raízes no sextante antero-inferior, mandíbular possibilita manter a propriocepção. A cirurgia ortognática para reposicionamento do plano oclusal através do reposicionamento da mandíbula é referida como opção prévia ao tratamento reabilitador protético.
Conclusões
Nas opções de reabilitação do SK deve evitar-se intervenções que promovam alterações tecidulares degenerativas tendo na sua base um esquema oclusal que diminua a pressão na região anterior da maxila. Implicações clinicas: Paciente com SK reabilitado deve ser consciencializado relativamente à necessidade de controlo periódico da sua situação clínica.
Palavras chave
Síndrome Kelly; Hiperfunção anterior; reabsorção óssea; implantes, prótese, reabilitação.