Reabilitação implanto-suportada da maxila atrófica: elevação de seio maxilar vs ancoragem zigomática

Póster > Revisão > Implantologia

Hall dos pósteres – 6 novembro, 17h30 – 18h30 – Ordem nº 78

Tiago Caramelo

Universidade de Lisboa

Luís Carracho
André Chen

Introdução

A fraca qualidade óssea aliada à tendência progressiva de reabsorção após perda dentária, com consequente pneumatização do seio maxilar, fazem com que reabilitar a maxila posterior constitua, desde sempre, um importante desafio.

Objetivo

Realizar uma análise comparativa entre a elevação de seio maxilar e a ancoragem zigomática, na reabilitação da maxila atrófica. Materiais e métodos: Efetuou-se uma pesquisa recorrendo às bases de dados Pubmed e Cochrane Library, utilizando as palavras-chave: “sinus lift”; “sinus augmentation”; “zygomatic implant”; “zygomatic fixture”; “atrophic maxilla”, com diferentes combinações e conectores booleanos.

Foram obtidos 841 artigos, dos quais se selecionaram 223 com base na sua relevância científica. A pesquisa foi realizada em língua portuguesa e inglesa, não tendo sido estabelecido qualquer limite temporal.

Resultados

Ambas as técnicas cirúrgicas abordadas são protocolos de tratamento viáveis na reabilitação implanto-suportada da maxila atrófica. Ainda assim, a elevação de seio maxilar, por estar amplamente estudada e ser considerada uma prática previsível segundo a literatura, é vista como a técnica de eleição neste tipo de reabilitação.

A ancoragem zigomática é um procedimento promissor, apesar da escassa evidência científica que avalie a sua previsibilidade a longo prazo e da elevada complexidade cirúrgica da técnica, dificultando a sua inclusão na prática clínica.

Conclusão

A opção pela técnica a utilizar deve envolver uma avaliação criteriosa de múltiplos fatores inerentes ao paciente e ao próprio clínico, de forma a garantir a sobrevivência e o sucesso da reabilitação a longo prazo.

Implicações clínicas

A escolha da estratégia de reabilitação deve envolver uma análise no que toca aos seguintes fatores chave: 1) Nível de reabsorção da maxila 2) Presença de osso residual na pré-maxila 3) Condição sistémica do paciente 4) Dimensão e anatomia do seio maxilar 5) Reabilitação protética 6) Experiência do cirurgião 7) Número e distribuição dos implantes 8) Expetativa do paciente.