Póster > Revisão > Endodontia

Patrícia Diogo

Universidade de Coimbra

Introdução

O prognóstico do tratamento endodôntico depende da assepsia do sistema canalar, que promove a conservação ou restabelecimento da integridade dos tecidos periapicais. O protocolo da irrigação no sistema canalar é desafiante atendendo aos fatores que a adjudicam, como a resistência do biofilme, a insuficiente penetração da solução irrigadora e a complexa anatomia do canal radicular. O objetivo deste trabalho é analisar os diferentes modelos experimentais publicados no estudo da irrigação em endodontia.

Metodologia

Revisão bibliográfica baseada em 23 artigos de maior relevância científica, pesquisados nas bases de dados da Cochrane Collaboration, ScienceDirect, Pubmed/Medline, desde 1970 a 2014, com as expressões chave: “Irrigação”, “Irrigante”; “Soluções irrigadoras”; “Endodontia” e “Agentes antibacterianos”.

Resultados

Neste estudo, 19 modelos experimentais (9 contemporâneos e 10 novos protocolos) foram analisados nas suas diversas vertentes e são presentemente inumerados. Nos últimos anos, os modelos in vitro (excelência) têm sido desenvolvidos e replicados, com algum grau de padronização, permanecendo porém na base da pirâmide dos estudos epidemiológicos.

Numa tentativa de responder às questões que persistem, os modelos in vitro potenciadores da invasão da dentina e ex vivo de biofilmes polimicrobianos em dentes bovinos revelam-se promissores no desenvolvimento de novas soluções de irrigação, dada a complexidade de realizar estudos in vivo.

Conclusão

O desenvolvimento de soluções de irrigação que aumentem a eficácia e segurança da assepsia canalar subsiste como uma meta desafiante na endodontia. Como tal, é imprescindível o estabelecimento de um modelo padronizado a ser utilizado pela comunidade científica a nível geral que possibilite a comparação de resultados.