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Inês Stocker

Universidade Fernando Pessoa

Descrição

CASO 1: Retratamento Endodôntico não cirúrgico do dente 45. Dente apresentava periodontite periapical sintomática. Remoção da gutta-percha: Profile® em crown-down e negociação apical dos canais com limas K10. Rectificação da cavidade de acesso com microscopia e ultra-sons.

Canal Vestibular: K10, MTwo® 10.04, 15.05, Protaper NEXT® X1, Profile® 25 e 30.04. Canal Lingual: K10, MTwo® 10.04, 15.05, Protaper NEXT® X1, Profile® 25.04. Obturação: Elements Obturation Unit®. CASO 2: Tratamento Endodôntico não cirúrgico do dente 44. Dente apresentava necrose pulpar com periodontite periapical sintomática.

Após análise radiográfica inicial verificou-se uma anatomia incomum (tipo IX). Rectificação da cavidade de acesso com microscopia e ultra-sons. Foi detectada a presença de três canais e três raízes. Canal Lingual: K8, K10, PathFiles®, Profile® 20.04. Obturação: GuttaCore®. Canais Vestibulares: K8, K10, MTwo® 10.04, 15.05, Profile® 20 e 25.04. Obturação: Elements Obturation Unit®.

Discussão

O conhecimento prévio da anatomia canalar e suas variações é um pré-requisito para o sucesso do tratamento Endodôntico. Os pré-molares inferiores são muito propensos a variações anatómicas, sendo considerados dos dentes mais difíceis de tratar endodonticamente. Uma cuidada análise radiográfica e recurso a microscopia, levam ao aumento do sucesso neste tipo de dentes.

Conclusão

A maioria dos pré-molares inferiores tem um único canal, mas há uma elevada taxa de incidência de pré-molares com dois ou mais canais/foramens (21,1%). A bibliografia reporta um incidência de 0,2% para três raízes independentes. O sucesso do tratamento Endodôntico neste grupo de dentes depende de um correcto diagnóstico, assim como de uma exploração clínica e radiográfica minunciosa.