Fístula intraoral na determinação da posição de processo apical crónico. Caso clínico

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Hall dos pósteres – 6 novembro, 14h30 – 15h30 – Ordem nº 57

Miguel Agostinho Cardoso

Universidade Católica Portuguesa

Rita Noites
Sofia Macedo
Maria Godinho
Miguel A. Martins

Descrição do caso

Paciente do sexo feminino, 36 anos, apresentou-se na Clínica Universitária para “continuar os tratamentos dentários”. Ao exame visual foi detetada a presença de uma fístula na mucosa oral vestibular, por mesial do dente 1.7. Com o intuito de determinar a origem do foco infeccioso, introduziu-se um cone de guta pelo trajeto de drenagem seguido de radiografia periapical.

Observou-se que a fístula tinha a sua origem na lesão apical crónica do dente 1.5, que se encontrava com T.E.R. insatisfatório. Após confirmação do diagnóstico procedeu-se à realização do retratamento endodôntico do dente 1.5, tendo-se verificado o desaparecimento da fístula.

Discussão

Uma possível evolução de um processo infeccioso periapical é o aparecimento da abertura de um trajeto de drenagem ao nível da mucosa oral (fistula), diminuindo a pressão nos tecidos periapicais tornando-se assim assintomático. Um fator etiológico é a existência de um tratamento endodôntico mal executado.

A sua localização, muitas vezes pode induzir a um diagnóstico errado no que concerne ao dente que se encontra envolvido, pois o trajeto de drenagem não necessita de ter a sua abertura adjacente ao dente envolvido.

Conclusões

É essencial realizar um correto diagnóstico na determinação da origem de uma fístula de origem dentária, dado que a abertura do trajeto fistuloso pode estar distante do dente de origem. A introdução de um cone de guta no trajeto de drenagem seguida de uma radiografia periapical é um bom auxiliar no diagnóstico da origem do trajeto fistuloso.

Palavras chave

fistula intra-oral, diagnóstico, tratamento