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Maria João Roxo
Universidade do Porto
Descrição do caso clinico
Paciente com 23 anos apresentava uma perda generalizada significativa de tecido dentário coronário e esmalte opalescente. A perda de dimensão vertical (DVO) juntamente com câmaras pulpares atrésicas observadas no exame radiográfico, bem como sinais clínicos prévios, levou ao diagnóstico de Dentinogénese Imperfeita Tipo I (DI).
O tratamento preconizado consistiu no aumento da dimensão vertical da paciente, aumentando as coroas clínicas maxilares e mandibulares com restaurações em resina composta em diferentes fases do processo, terminando com coroas unitárias e pontes a nível anterior e posterior.
Discussão
A Dentinogénese Imperfeita (DI) é uma condição hereditária que afeta o desenvolvimento da dentina, tanto na dentição primária como na permanente. A junção amelo-dentinária torna-se frágil levando a fraturas do esmalte e exposição da dentina que sofre facilmente desgaste. A perda total das coroas com exposição da dentina radicular é um resultado frequente da DI.
Um diagnóstico e intervenção precoces em pacientes com DI são fundamentais por razões psico-sociais e funcionais. Os principais objectivos deste tratamento prendiam-se com a proteção da dentina afetada de modo a evitar a perda total de estrutura coronária, melhoria da componente estética e o restabelecimento da função mastigatória, objectivos apenas atingidos com coroas cerâmicas. Devido à fragilidade da dentina e ao risco de fratura, foram realizadas pontes com 3 elementos nos dentes anteriores.
Conclusão
É importante um diagnóstico precoce da Dentinogénese Imperfeita de forma a poder ser realizado um tratamento correto que vá de encontro às expectativas estéticas e funcionais do paciente.