Auto-estima e deformidade dento-facial: um estudo comparativo

Póster > Investigação > Ortodontia

Hall dos pósteres – 6 novembro, 11h30 – 12h30 – Ordem nº 43

Susana Machado Silva

Universidade do Porto

Afonso Pinhão Ferreira
Vítor Teixeira

Introdução

É preocupação dos médicos dentistas encarar os pacientes como seres biopsicossociais. Em particular nos pacientes com deformidade dentofacial (DDF) sujeitos a tratamento ortodôntico cirúrgico ortognático (TOCO), a auto-estima – a soma de juízos de valor que cada indivíduo produz acerca de si mesmo em componentes como o valor pessoal, respeito por si mesmo, auto-confiança e amor-próprio – é uma das dimensões psicológicas que tem demonstrado relevância.

Objetivos

O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto da DDF na auto-estima dos pacientes.

Materiais e métodos

Este estudo envolveu 76 participantes, 28 homens e 48 mulheres, com idades entre os 16 e os 43 anos. O grupo de estudo (pacientes com DDF) incluiu 38 participantes e o grupo de controlo (pacientes sem DDF) outros 38. Para avaliar a auto-estima foi utilizado o Inventário de Auto-Estima de Rosenberg.

Resultados

Não se observaram diferenças no indicador de auto-estima entre o grupo de controlo e o grupo de estudo. Observaram-se proporções semelhantes de mulheres e homens em ambos os grupos. As mulheres evidenciaram uma auto-estima mais elevada que os homens.

Conclusões

Parece não existir impacto da DDF na auto-estima dos pacientes, podendo haver outras variáveis a interferir nesta relação.

Implicações clínicas

Importa perceber melhor a associação entre a auto-estima e a DDF. Sugere-se a formação dos médicos dentistas ortodontistas sobre como avaliar e gerir variáveis psicológicas dos seus pacientes, havendo fundamento para uma intervenção multidisciplinar no TOCO que inclua profissionais de saúde mental.

Palavras chave

Auto-estima, deformidade facial, cirurgia ortognática, intervenção multidisciplinar, biopsicossocial, saúde mental.