Póster > Investigação > Medicina Dentária Preventiva
José Frias Bulhosa
Universidade Fernando Pessoa
A qualidade de vida relacionada à saúde oral e as repercussões que as doenças orais podem ter no desenvolvimento da criança são demasiado importantes para negligenciar numa perspectiva de saúde pública oral.
Foi realizado um estudo transversal com o objectivo de determinar a prevalência da doença cárie em crianças dos Jardins-de-Infância do Concelho de Vagos. A metodologia adoptada obedeceu aos critérios estipulados pela O.M.S. para a realização de estudos epidemiológicos em saúde oral. Foram determinados índices de cárie (cpod e CPOd) e dos hábitos de higiene oral (HO).
Assim, foram observadas 667 crianças com idade dos 3 aos 6 anos inscritas nos jardins-de-infância do Concelho de Vagos (Aveiro). A análise estatística dos dados recolhidos foi realizada com auxílio do programa SPSS 22.0®, admitindo-se um nível de significância de 95%.
Os resultados indicam uma prevalência de cárie de 39,0% para dentição decídua e de 1,95% para a dentição permanente, os valores médios±(dp) do indices cpod e CPOd determinados, foram de 1,55±2,72 e de 0,03±022, respectivamente. Estariam livres de cáries 61% das crianças observadas. Em 73,2% das crianças a HO é diária sendo que 75,7% o realizava antes de deitar.
Verifica-se que esta população apresenta um importante risco de complicações associadas ao estado de saúde oral, nomeadamente pela existência de lesões de cárie associadas a deficientes hábitos de higiene oral e com uma necessidade de implementação de acesso a tratamentos dentários com a perspectiva de controlar as doenças orais e respectivas sequelas.