Póster > Investigação > Endodontia
Ana Moura Teles
Universidade Fernando Pessoa
Introdução
A presença de microrganismos nos canais radiculares com respeito à etiologia da infecção periapical e a necessidade crucial de controlo microbiológico durante o tratamento é incontestável. Uma metodologia rigorosa deve ser respeitada para obter níveis elevados de desinfecção canalar e amostras válidas para estudos microbiológicos.
Objetivos
Verificar se os diques de borracha (DB) usados no isolamento absoluto (IA) podem ser desinfectados e qual o benefício para o controlo da infecção cruzada na prática clínica e na investigação em Endodontia.
Materiais e métodos
Estudo transversal. Grupo teste(GT): 69-DB foram aplicados e, posteriormente, desinfectados com peróxido de hidrogénio (30%) até não haver efervescência, seguido de hipoclorito de sódio (3%)(Sigma-Aldrich, USA). Colheita da amostra com zaragatoa esterilizada impregnada em soro fisiológico esterilizado, passando-a em todo o campo operatório e inserida num microtubo com 2ml de meio de transporte reduzido.
No laboratório, procedeu-se à cultura em aerobiose em meio apropriado (48h), para avaliar crescimento microbiológico. Grupo controlo(GC): aplicaram-se 10-DB, sem posterior desinfecção, seguido dos mesmos procedimentos de amostragem. Análise descritiva/inferencial (α=0,05).
Resultados
No GT, em todas as amostras as contagens de unidades formadoras de colónia foram nulas, ao contrário do GC, onde se verificou sempre crescimento, detectando-se diferenças significativas (p<0,001). Conclusões A desinfecção do DB demostrou ser um passo simples e altamente eficaz no controlo da infecção cruzada.
Implicações clínicas
A desinfecção do DB deve passar a fazer parte do protocolo do IA.
Palavras chave
dique borracha, isolamento absoluto, microbiologia, infecção cruzada; desinfecção; Endodontia.