Bisfenol A – uma verdadeira ameaça em odontopediatria? Revisão narrativa

Póster > Revisão > Odontopediatria

Hall dos pósteres – 6 novembro, 11h30 – 12h30 – Ordem nº 28
Candidato a prémio

Joana Leonor Pereira

Universidade de Coimbra

Daniela Santos Soares
Sara Rosa
Maria Teresa Xavier
Ana Luisa Costa

Introdução

Algumas investigações têm implicado o conteúdo de bisfenol A presente em determinados materiais dentários empregues em Odontopediatria, particularmente selantes de fissuras e resinas compostas, na ocorrência de alterações biológicas tendo por base o potencial de ligação aos recetores de estrogénios.

Objetivos

Este trabalho objectiva uma avaliação crítica tendo por base a evidência científica disponível, caracterizando o conteúdo, exposição e hipotéticos riscos para a saúde da criança deste tipo de substâncias se libertadas na cavidade oral.

Métodos

Foi conduzida uma pesquisa na Pubmed/Medline utilizando como palavras chave “Bisphenol A” e “sealants”, incluindo publicações em humanos, referentes aos últimos 10 anos, em língua inglesa e com resumo disponível.

Resultados

Identificou-se, de acordo com os critérios de inclusão, um total de 121 artigos, dos quais se seleccionaram 17 após análise do conteúdo científico do resumo disponibilizado, a maioria dos quais de revisão (apenas 2 do tipo sistemático) e estudos clínicos.

Conclusões

Os resultados obtidos não permitem concluir a existência, de forma inequívoca, de risco acentuado para a saúde da criança, sendo reconhecida a necessidade de desenvolver estudos adicionais com maior nível de evidência.

Implicações clínicas

Apesar da manifesta insuficiente evidência científica, é recomendada uma série de cuidados após a utilização de materiais dentários contendo bisfenol A, de forma a restringir a sua eventual absorção. É ainda referenciada a preocupação que deve existir por parte dos fabricantes na minimização do conteúdo deste tipo de substâncias.