Protocolo de reabilitação de um desdentado total com rebordos atróficos após osteorradionecrose

Póster > Casos clínicos > Prótese Removível

Hall dos pósteres – 6 novembro, 9h30 – 10h30 – Ordem nº 24
Candidato a prémio

Luís Carvalho Alves

Universidade de Coimbra

Filipe Moreira
Rita Reis
Nuno Miguel Sampaio
Pedro Nicolau

Descrição

Paciente do sexo feminino, 40 anos, desdentada total bimaxilar com rebordos residuais atróficos e portadora de prótese total muco-suportada superior. História prévia de carcinoma na cavidade oral submetida a glossectomia parcial direita. Posteriormente sofreu um episódio de osteoradionecrose pós-extracional no 4º quadrante que resultou num defeito mandibular severo.

Numa primeira fase foi elaborada a história clínica da paciente, ortopantomografia, telerradiografia de perfil da face e efectuadas impressões preliminares de estudo com um hidrocolóide irreversível. Como plano de tratamento optou-se por um protocolo de reabilitação convencional de prótese total muco-suportada. Sobre os modelos foram confeccionadas moldeiras individuais.

As impressões definitivas foram efectuadas com heavy-body e extralight-body. Após obtenção dos modelos, foi elaborado uma placa de registo maxilar superior para avaliação estética, uma placa estabilizada inferior para determinação da zona neutra e duas placas estabilizadas (superior/inferior) para registo intermaxilar dinâmico à DVO determinada. Seguiu-se a prova de dentes e inserção.

Discussão

Rebordos atróficos constituem um desafio à reabilitação oral ainda para mais quando se colocam obstáculos à utilização de implantes. Nos casos de radionecrose óssea para além da atrofia do rebordo, este apresenta defeitos consideráveis que afectam a estabilidade/retenção da reabilitação.

Contundo, através de um protocolo clínico cuidado: impressões devidamente efectuadas, determinando a zona neutra e efectuando um registo intermaxilar dinâmico baseado no traçado do arco gótico é possível restituir saúde, função e estética a estes pacientes.

Conclusões

Apesar das condicionantes anatómicas que a paciente apresenta foi possível melhorar a qualidade de vida e bem-estar sem a utilização de implantes endo-ósseos.