Enucleação quisto dentígero (folicular)

Póster > Casos clínicos > Patologia Oral

Hall dos pósteres – 6 novembro, 9h30 – 10h30 – Ordem nº 23
Candidato a prémio

Eduarda Von Stein Palmeira

David Alfaiate
Tiago Escobar
F. Ivo Almeida
Nuno Sampaio

Paciente do sexo feminino, 35 anos, história de rinite alérgica e queixa de dor no ouvido direito. Na tomografia computorizada, observou-se uma lesão compatível com quisto odontogénico associado ao dente 4.8 incluso, localizado desde o ramo da mandibula até à espinha de spix. A punção aspirativa excluiu a hipótese de malignidade.

Antes da cirurgia, a paciente foi medicada, informada dos cuidados pós-operatórios e riscos possíveis. Fez-se a enucleação da lesão com 4 x 2 cm, parcialmente aberta e preenchida com um líquido branco leitoso. A análise anátomo-patológica concluiu ser um quisto dentígero (folicular). A loca cirúrgica foi curetada, aplicou-se uma membrana da colagénio e suturou-se.

No pós-operatório ocorreu uma parestesia do nervo mandibular, reversão completa após dois meses. Cerca de 98% de todas inclusões dentárias dizem respeito a terceiros molares. Recentemente, verificou-se um aumento da inclusão de terceiros molares, estando cerca de 33% associadas a patologias.

Perante a inclusão de um terceiro molar, pode-se ter uma conduta expectante ou realizar a exodontia. O desenvolvimento do quisto folicular deve-se à constituição da estrutura do folículo, particularmente ao epitélio reduzido do esmalte e aos restos da lâmina dentária. A prevalência dos quistos foliculares associados à exodontia de terceiros molares inclusos está entre 1,5 e 13,3%.

Maioritariamente trata-se de um achado radiográfico tardio, podendo envolver peças anatómicas. A exodontia preventiva poderá evitar o desenvolvimento de patologias, diminuir o risco operatório e evitar o comprometimento de estruturas anatómicas subjacentes.

Palavras chave

Terceiro molar, quisto odontogénico, parestesia, biópsia , enucleação, mandíbula.