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Ana Gomes
Instituto Universitário de Ciências da Saúde
Paciente do género masculino, com 13 anos de idade, apresentava mordida cruzada dos dentes 1.2/4.3 e 2.2/3.3. O plano de tratamento sugerido para descruzar o 1.2 e o 2.2 foi a utilização de uma rampa em compósito. Devido ao impacto social, o paciente optou por realizar uma de cada vez.
Ao fim de 2 semanas foi retirada a rampa em compósito do dente 1.2 e este encontrava-se descruzado. Durante o período de controlo, o dente foi examinado clinica e radiograficamente e o paciente nunca apresentou dor e/ou desconforto. A técnica utilizada foi a colocação de resina composta A3,5, com inclinação de 45º com uma desoclusão posterior de 3–4 mm, de modo a ocluir por vestibular do dente inferior, com largura mesio-distal suficiente para suportar forças oclusais.
O tratamento de mordida cruzada anterior através de rampa em compósito, é geralmente bem aceite pelo paciente, ao contrário do aparelho removível, onde a falta de adaptação inicial incita a não colocação do mesmo, e o elevado tempo de utilização e ativação tornam-no menos vantajoso.
A rampa em compósito possui ainda como vantagens a facilidade técnica e o reduzido tempo de procedimento clínico, reduzindo também a exposição do paciente ao monómero de polimetacrilato de metilo presente nos aparelhos removíveis.
Este método, como demonstrado neste caso clínico, representa uma alternativa segura, rápida, fácil, estética aceitável e não envolve desconforto para a correção de mordida cruzada anterior de uma ou duas peças dentárias.