Mordida cruzada anterior – a propósito de um caso clínico

Póster > Casos clínicos > Odontopediatria

Hall dos pósteres – 6 novembro, 9h30 – 10h30 – Ordem nº 21
Candidato a prémio

Ana Gomes

Instituto Universitário de Ciências da Saúde

Tiago Araújo
Aline Gonçalves
Paulo Rompante
Teresa Vale

Paciente do género masculino, com 13 anos de idade, apresentava mordida cruzada dos dentes 1.2/4.3 e 2.2/3.3. O plano de tratamento sugerido para descruzar o 1.2 e o 2.2 foi a utilização de uma rampa em compósito. Devido ao impacto social, o paciente optou por realizar uma de cada vez.

Ao fim de 2 semanas foi retirada a rampa em compósito do dente 1.2 e este encontrava-se descruzado. Durante o período de controlo, o dente foi examinado clinica e radiograficamente e o paciente nunca apresentou dor e/ou desconforto. A técnica utilizada foi a colocação de resina composta A3,5, com inclinação de 45º com uma desoclusão posterior de 3–4 mm, de modo a ocluir por vestibular do dente inferior, com largura mesio-distal suficiente para suportar forças oclusais.

O tratamento de mordida cruzada anterior através de rampa em compósito, é geralmente bem aceite pelo paciente, ao contrário do aparelho removível, onde a falta de adaptação inicial incita a não colocação do mesmo, e o elevado tempo de utilização e ativação tornam-no menos vantajoso.

A rampa em compósito possui ainda como vantagens a facilidade técnica e o reduzido tempo de procedimento clínico, reduzindo também a exposição do paciente ao monómero de polimetacrilato de metilo presente nos aparelhos removíveis.

Este método, como demonstrado neste caso clínico, representa uma alternativa segura, rápida, fácil, estética aceitável e não envolve desconforto para a correção de mordida cruzada anterior de uma ou duas peças dentárias.