Póster > Casos clínicos > Cirurgia oral
Ana Bessa
Paciente do sexo masculino, 24 anos de idade, sem história clínica relevante, apresentava assimetria facial devido a presença de uma tumefação na hemiface direita com pelo menos 2 anos de evolução. Após consulta na especialidade de dermatologia, por motivos estéticos, optou-se pela biopsia excecional da lesão através de uma abordagem interna (mucosa jugal).
Clinicamente, a lesão apresentava 15 mm de diâmetro com uma base séssil, superfície íntegra e uma textura lisa, preenchida com grânulos duros de cor branca. A análise anátomo-patológica concluiu ser um quisto epidermóide. Quistos epidermóides e dermóides são anomalias de desenvolvimento. Atualmente a sua etiologia não está esclarecida sendo a mais aceite o aprisionamento de células pluripotenciais durante o desenvolvimento intra-uterino, que posteriormente diferenciam em tecidos derivados de uma ou das três linhas germinativas.
Em aproximadamente, 6,9% dos quistos dermoides, incluindo os quistos epidermoides, são localizados na cabeça e pescoço. Na cavidade oral estes são classificados como lesões quisticas não odontogénicas, sendo a sua incidência predominante na linha média do pavimento da cavidade oral (submandibular ou submental) e palato duro.
Raramente são observados na língua, bochecha e glândula parótida e mais raros ainda na maxila e mandibula. Tem como tratamento de eleição, a excisão completa do quisto devido ao elevado potencial de recidiva. Com este caso clínico pretendemos mostrar a possibilidade de uma abordagem intra oral, preservando a estética, no tratamento deste tipo de lesões.
Palavras chave
Quisto Epidermoide, dermoide, diagnóstico diferencial, lesões orais, excisão, histopatologia, histologia.