Abordagem cirurgica de quistos ósseos aneurismáticos – a propósito de dois casos clínicos

Póster > Casos clínicos > Cirurgia oral

Hall dos pósteres – 6 novembro, 09h30 – 10h30 – Ordem nº 16
Candidato a prémio

Ana Lemos Costa

Universidade do Porto

Inês Guerra Pereira
Otília Lopes
Tiago Pinto Ribeiro
António Felino

Palavras chave

Patologia Oral, Quistos Aneurismáticos, Caso Clinico, Cirurgia Oral, Patologia Óssea, Diagnostico

Descrição caso clínico

Numa consulta de rotina, realizou-se uma ortopantomografia, detectando-se a presença de uma lesão radiolúcida mandibular, zona pré-molar (3º quadrante), assintomática, em dois pacientes distintos (rapaz e rapariga) de 15 anos. No exame clinico foram realizados testes de vitalidade nos dentes envolvidos pela lesão, apresentando estes resposta normal.

Após estudo imagiológico (tomografia computorizada) optou-se pela exerése da lesão seguindo a mesma abordagem cirúrgica por vestibular, ou seja, incisão festonada com descolamento muco-periósseo e osteotomia.

Verificou-se que as cavidades, referentes à lesão, apenas continham conteúdo hemático, sem presença de lesão capsulada nem conteúdo cristalino. A análise histológica do material enviado revelou a presença de trabéculas ósseas com discretas alterações de tipo reativo, não se verificando outras alterações valorizáveis.

Discussão

O cisto ósseo aneurismático é uma acumulação intra-óssea de espaços preenchidos por sangue, de tamanho variável. A definição da sua etiologia, na literatura, é parca, podendo estar associada a fatores como trauma, malformação vascular ou neoplasia que perturbe a hemodinâmica óssea levando a uma ampliação hemorrágica com extravasamento. Apenas 2% dos casos tem incidência maxilar, sendo predominantes na mandibula. O tratamento indicado é a curetagem ou enucleação do cisto; o prognóstico é favorável, resolvendo-se o defeito ósseo num período de 6 meses a 1 ano.

Conclusão

O procedimento cirúrgico realizado permitiu a descompressão das locas cirúrgicas, promovendo a remodelação óssea nas regiões dos defeitos, como se pode verificar pelas ortopantomografias de controlo após 1 ano.