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Tiago Pinto Ribeiro
Universidade do Porto
Descrição do caso clínico
MSSAC, género feminino, caucasiana, 36 anos de idade, hipertensa e ex-fumadora. Motivo da consulta assimetria facial. Exames auxiliares de diagnóstico revelaram, ao nível do primeiro quadrante, a existência de uma massa radiopaca que se estende desde o incisivo central até à tuberosidade, com invasão nítida do seio maxilar. Foi realizada uma biópsia incisional com trefina, tendo sido recolhida uma amostra representativa da lesão.
O exame anátomo-patológico referiu “lesão fibro-óssea benigna com características histológicas compatíveis com displasia fibrosa (monostótica) “madura” que, para alguns autores é considerado sinónimo de osteoma”. Depois de informada do diagnóstico e das opções de tratamento, e uma vez que a assimetria facial não comprometia nem a estética nem a função, a doente optou pela não realização de qualquer tipo de procedimento cirúrgico preferindo, então, uma abordagem conservadora.
Discussão
A displasia fibrosa é uma doença óssea rara que se caracteriza pela substituição do osso por tecido fibroso contendo focos de ossificação. É mais frequente no maxilar que na mandíbula e pode causar cegueira e diversos graus de deformidade craniofacial. A doença parece estabilizar uma vez atingida a maturidade esquelética do doente. O diagnóstico diferencial deve ser feito com o fibroma ossificante.
Conclusão
A displasia fibrosa pode comprometer estética e funcionalmente os indivíduos afetados. Nesses casos o tratamento é cirúrgico e visa a restituição da anatomia normal da estrutura lesada. Atingida a maturidade esquelética, e quando não ocorre comprometimento estético ou funcional, a abordagem terapêutica poderá passar apenas pela monitorização da lesão.