Póster > Investigação > Implantologia
Lilian Campos
Introdução
A necessidade de obtenção de substitutos ósseos capazes de auxiliar na regeneração de defeitos extensos impulsiona a investigação no desenvolvimento de novos biomateriais sintéticos.
Objetivos
Avaliar o comportamento biológico de duas biocerâmicas experimentais (AA e U) na regeneração de defeitos ósseos críticos.
Materiais e métodos
Os biomateriais, compostos principalmente por monetite suplementada com zinco, sílica-gel e hidroxiapatite, com partículas entre 0.25 a 1.0 mm de tamanho, foram implantados em quantidades idênticas em defeitos com 8,5 mm de diâmetro efetuados em calvárias de Rattus norvegicus. Os animais foram sacrificados aos 15 dias e as calvárias recolhidas, processadas e posteriormente analisadas histomorfologicamente em comparação com um controlo negativo com coágulo sanguíneo (C-). Procedimentos aprovados pelo CEUA/UEFS/BA/BR, Protocolo 12/11.
Resultados
Em todos os grupos observaram-se escassos sinais de inflamação. No grupo C- ocorreu neoformação óssea reacional nas bordas e tecido fibroso na área do defeito, porém, nos grupos implantados, as partículas dos biomateriais presentes no defeito encontravam-se degradadas e envoltas por matriz osteoide, principalmente em AA, provavelmente devido à alta solubilidade da monetite e libertação de iões bioativos como cálcio, fosfato e zinco.
Conclusão
Ambos os biomateriais são biocompatíveis, porém AA foi superior a U na capacidade osteogénica. É necessário o prosseguimento deste estudo em outros pontos biológicos.
Implicações clínicas
Nas áreas de ortopedia e medicina dentária o desenvolvimento de novos biomateriais sintéticos, substitutos ósseos reabsorvíveis que acelerem a regeneração óssea irá beneficiar a população pela redução de morbidades.
Palavras chave
Biomateriais; Osteogénese; Monetita; Hidroxiapatita; Sílica; Zinco