Renal de flúor em crianças após bochecho com colutório de flúor

Comunicação oral > Investigação > Odontopediatria

Sala 1 – 6 novembro, 11h50 – Ordem nº 5

Cristina Cardoso Silva

Universidade do Porto

Elena Barbería Leache
Felisa García-Hoyos

Introdução

A diminuição na prevalência de cárie nos países desenvolvidos tem sido atribuída principalmente ao uso de flúor.

Objetivos

Determinar se existe um aumento na excreção urinária de flúor, após a utilização colutórios fluoretos.

Material e métodos

A amostra estava constituída por 58 crianças entre 5–8 anos, seleccionadas aleatoriamente, residentes em áreas de água não fluoretada. As amostras de urina foram recolhidas antes do bochecho e 2 horas após.

A amostra de controlo, que não recebeu tratamento, estava constituída por 16 crianças em idade equivalente e da mesma comunidade. A excreção urinária de fluoreto foi analisada determinando o pH, a creatinina, a presença de ião F- e o rácio de flúor (mg) / creatinina (g) (F/Cr) na urina.

Resultados

Na amostra estudada, o rácio médio F/Cr antes do bochecho de flúor foi de 0,26 mg/g e 1,58 mg/g 2 horas após. Esta diferença de 1,33 mg/g foi estatisticamente significativa (p<0,001). No grupo controlo não ocorreram alterações significativas. Os rácios médios F/Cr, antes e 2 horas depois do bochecho, foram 0,29 e 0,27, respectivamente (p=0,426).

Conclusões

Depois da utilização de uma solução de bochecho de flúor, existe um aumento estatisticamente significativo de flúor na urina, o que pode ser atribuído à aplicação deste produto.

Implicações clínicas

Após a utilização tópica de flúor em colutórios ocorre absorção sistémica de flúor. Uma das causas mais comuns de toxicidade crónica em crianças é a excessiva ingestão contínua de flúor.

Palavras-chave

Flúor, Colutório de flúor, Rácio Fluoreto/Creatinina, Excreção urinária, excreção de flúor, Flúor diário.