Comunicação oral > Investigação > Cirurgia oral
Tiago Escobar
Universidade do Porto
Introdução
A membrana experimental de polietilenoglicol (PEG) pretende ultrapassar as desvantagens das restantes membranas. Diversas publicações comprovaram que a membrana PEG: é biocompatível, oclusiva e não colapsa. O fosfato de cálcio bifásico (FCB) é constituído por hidroxiapatite e fosfato β-tricálcico.
Objetivos
Avaliar o efeito regenerativo do FCB coberto pela membrana PEG e comparar os resultados com a regeneração de defeitos apenas cobertos pela membrana PEG.
Materiais e métodos
Foram criados dois defeitos ósseos parietais com 5mm de diâmetro em sete ratos Wistar. Cobriu-se o defeito de controlo (osso parietal esquerdo) com membrana PEG e o defeito teste (osso parietal direito) foi preenchido com FCB e coberto pela membrana PEG. Após dois meses realizou-se a análise histológica e histomorfométrica. Na análise estatística considerou-se um intervalo de confiança de 95%.
Resultados
A área de neoformação óssea no grupo de teste foi de 61,7%±14,6%, e no grupo de controlo alcançou os 57,3%±21,8%. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p=0,539). Verificou-se baixo número de partículas de FCB incorporadas no osso neoformado. O FCB e a membrana PEG permaneceram intactos.
Conclusões
Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. O FCB não exibiu propriedades osteocondutoras, mas susteve a membrana PEG. A membrana PEG teve uma aplicação rápida e fácil, fixou-se por si só e provou ser biocompatível e oclusiva.
Implicações clínicas
A regeneração óssea guiada com FCB poderá não obter a osteocondução desejada. A membrana PEG poderá reduzir o tempo cirúrgico.
Palavras-chave
Regeneração óssea guiada, Fosfato de cálcio bifásico, Polietilenoglicol, Wistar, Graft, Membrane.