Daniel Alves

Regeneração óssea guiada de peri-implantite delimitada ao corpo do implante

Nacionalidade: Portugal

Área científica: Periodontologia

2013/11/21 17:50 – 2013/11/21 18:10 | Auditório VIII

Resumo da apresentação

Objetivos

Pretende-se com este procedimento demonstrar que é possível regenerar um defeito ósseo provocado por peri-implantite delimitada ao corpo do implante com osso autólogo, osso particulado de origem bovina e membrana reabsorvível.

Apresentação

Paciente do género masculino de 34 anos, saudável, não fumador, apresentava desconforto associado ao implante do 1.1. Após exame clínico e exames complementares de diagnóstico foi-lhe diagnosticada uma peri-implantite em vestibular do corpo do implante. Na tomografia computorizada parecia evidente que a perda óssea era delimitada por osso são em todo o seu redor.

Passados 5 dias de antibioterapia (Amoxicilina 1g e Metronidazol 250mg) foi feita a abordagem cirúrgica com uma incisão vestibular em espessura parcial nos 3 mm coronais, tornando-se a partir deste ponto em espessura total para acesso à lesão infecciosa.

Depois de limpa a lesão, procedeu-se à regeneração óssea guiada da área exposta do implante utilizando osso autólogo da espinha nasal anterior, osso particulado de origem bovina e dupla membrana reabsorvível de colagénio. O retalho foi posteriormente suturado com fio monofilamento 5-0.

Resultados

Seis meses após a regeneração óssea guiada observa-se ausência de lesão infecciosa e regeneração do defeito ósseo.

Discussão

Atualmente, sabe-se muito pouco sobre a eficácia dos tratamentos das peri-implantites e ainda menos sobre a regeneração das áreas afectadas. O procedimento escolhido para este caso clínico teve por base os comportamentos biológicos que se conhecem da regeneração óssea guiada durante a colocação de implantes porque não existe evidência a longo prazo na literatura acerca da regeneração de peri-implantites utilizando este ou qualquer outro procedimento.

Conclusão

Este caso clínico apresentava um bom prognóstico inicial e por isso o resultado final parece promissor. Não é um protocolo que se possa extrapolar para a maioria dos casos clínicos de peri-implantite e não se sabe se apresentará sucesso a longo prazo.