A comunicação com o laboratório na elaboração de próteses removíveis – revisão descritiva

Póster > Revisão > Prótese Removível

Hall dos posters – 21 novembro 2013, 11h30 – Ordem nº

Introdução

A elaboração de Próteses Removíveis (PRs) exige por parte dos Médicos Dentistas(MDs) e Técnicos de Prótese Dentária(TPDs) um amplo conhecimento da técnica e dos passos clínicos/laboratoriais. A comunicação com o laboratório para a confecção de PRs é por vezes desvalorizada. A reflexão sobre esta problemática deve centrar-se nas lacunas e como as podemos evitar.

Objetivos e métodos

Este trabalho de revisão pretendeu identificar os principais erros nas técnicas e comunicação entre MDs e TPDs na confecção de PRs. Realizou-se pesquisa bibliográfica na Medline/Pubmed entre os anos 2004-2013; Palavras-chave: “dentists and laboratory communication”, ”laboratory prescription And/or card”, “communication and master impressions quality” e “RDP-design decisions”. Incluíram-se artigos de revisão e de caso clínico.

Resultados

Seleccionaram-se 22 artigos conforme os critérios de inclusão. A literatura salienta que a forma de comunicação entre MDs e TPDs mais utilizada é a escrita, utilizando formulários (geralmente fornecidos pelos TPDs) que limitam a informação não a tornando “clara” (Haj-Ali et al, 2012).

Dos principais problemas na execução da técnica clínica/laboratorial, salientam-se os erros: execução da impressão preliminar e modelo de estudo, selecção da técnica de impressão definitiva (ausência moldeiras individuais), sistemática da planificação da prótese (ausência do planeamento do desenho biológico), considerações dos esquemas oclusais.

Alguns estudos apontam para uma falta de informação dos MDs sobre os procedimentos laboratoriais. As lacunas de comunicação entre os profissionais mesmo com vias de prescrição é evidente, mesmo quando há partilha do ambiente clínico/laboratorial (Stewart, 2011).

Conclusões

Os médicos dentistas devem manter uma correcta relação/comunicação com os TPDs, expandindo a sua compreensão e valorização do ambiente e técnicas laboratoriais. Definir e cumprir rigorosamente os protocolos clínicos de realização das PRs, com o fim de minimizar o erro.

Implicações clínicas

A correcta comunicação/relação entre profissionais, MDs e TPDs, reflete-se numa melhor qualidade das reabilitações realizadas e na satisfação do paciente.