Zircónia em reabilitação oral – uma revisão narrativa

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Hall dos posters – 21 novembro 2013, 11h30 – Ordem nº

Introdução

Atualmente existem diversos materiais cerâmicos com aplicação em medicina dentária por forma a serem obtidos melhores resultados estéticos. Um dos materiais mais recentes é a zircónia, que surge também em combinação com técnicas de CAD/CAM, com um vasto leque de indicações tendo em conta as suas propriedades mecânicas e estéticas favoráveis.

Métodos

Foi efectuada uma pesquisa na Medline, através do motor de busca da PubMed, entre os anos 1997 e 2012 usando as palavras-chave “zirconia”, “all-ceramic fixed partial dentures”, “all-ceramic crown”, “marginal adaptation” e “fracture resistance”, com o objectivo de investigar os diferentes tipos de zircónia existentes com aplicação em medicina dentária, bem como modos de fabricação e avaliação das propriedades da zircónia como material reabilitador em prostodontia.

Resultados

Foram incluídos vários artigos na pesquisa, incluindo seis revisões bibliográficas, e cinco estudos clínicos. Da avaliação da bibliografia verificou-se que em medicina dentária são utilizadas, actualmente, três formulações de zircónia que podem ser fabricadas através de dois métodos. A zircónia apresenta boas propriedades estéticas e mecânicas, nomeadamente resistência à fractura e valores de adaptação marginal dentro de limites clinicamente aceitáveis. No entanto, os resultados a médio prazo demonstram taxas de sucesso muito variáveis (entre 50 a 98%), estando habitualmente associados os casos de insucesso a “chipping” do material.

Conclusões

A zircónia é um material que pode ser utilizado em reabilitações protéticas unitárias ou parciais fixas nos sectores anteriores e posteriors tanto sobre implantes como dentes naturais. No entanto, do ponto de vista de longevidade são necessários mais estudos para correcta avaliação

Implicações

Apesar da zircónia possuir boas propriedades mecânicas e ópticas por forma a ser utilizada em qualquer situação de reabilitação oral, a inconsistência das taxas de sucesso clínico do material suscitam dúvidas quanto à sua utilização com segurança.