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Introdução

O nascimento de novas tecnologias na área de biologia molecular nas últimas décadas tem proporcionado a descoberta de várias técnicas de suporte, que podem facilitar na deteção precoce de lesões pré-malignas e malignas orais (LPMO). O reconhecimento precoce destas lesões na mucosa oral apresenta grande valor, dado que uma alta taxa de mortalidade pode ser definitivamente atribuída ao diagnóstico tardio da doença.

Objetivo

Efetuar uma revisão sistemática das técnicas auxiliares de diagnóstico de LPMO direcionadas para o uso clínico.

Material e métodos

Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica em língua inglesa, na PubMed, com as respetivas palavras-chave: “Oral cancer”, “Vital Staining”, “Vizilite” e “Brush Cytology”. A pesquisa foi limitada a artigos de revisão, aos últimos 5 anos e a Humanos. Foram excluidos todos os artigos que não contemplassem o nosso objetivo.

Resultados

Nos 10 artigos incluídos encontraram-se um número limitado de estudos realizados para ViziLite, Vizilite Plus com Azul de Toluidina e OralCDx, onde a maior base de dados encontrada foi para o corante vital, Azul de Toluidina. Vários projetos de investigação em curso apresentaram diversas limitações em termos aplicativos na prática clínica, incluindo o uso de populações de alto risco e de peritos examinadores.

Conclusão

A biópsia convencional continua a ser a mais indicada e confiável, como meio de avaliação destas lesões. Contudo, há evidências de que o azul de toluidina é eficaz como elemento coadjuvante de diagnóstico, em populações de alto risco e em casos de lesões duvidosas nas mucosas. Já o OralCDx é útil na avaliação de alterações displásicas em lesões com potencial transformação neoplásica. No geral, estas técnicas não invasivas não podem ser aplicadas como exame-base de diagnóstico, porém podem ser consideradas ferramentas úteis para o mesmo.

Implicações clínicas

Técnicas não-invasivas virem a representar uma alternativa para diagnóstico de LPMO.