Brackets autoligáveis – revisão da literatura

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Hall dos posters – 21 novembro 2013, 11h30 – Ordem nº

Introdução

Os brackets autoligáveis têm vindo a ganhar popularidade nos últimos anos, devido às diversas vantagens apontadas pelos fabricantes comparativamente aos brackets convencionais: menor fricção, menor proinclinação dos dentes anteriores, menor necessidade de extrações, maior expansão das arcadas dentárias, maior conservação da ancoragem, menor tempo de tratamento e de consultas, maior conforto para o paciente e maior facilidade na higiene oral.

Contudo, apresentam também algumas desvantagens como maior custo, fratura frequente do clip, maior perfil e consequentemente desconforto labial, maior possibilidade de interferências oclusais e dificuldades no fim do tratamento.

Objetivos

Este trabalho tem como objetivo efetuar uma revisão bibliográfica relativa às vantagens e desvantagens da utilização de brackets autoligáveis, bem como abordar as suas indicações. Métodos: Foi realizada uma pesquisa no motor de busca MEDLINE/PubMed, limitada a Ensaios Clínicos Controlados, Revisões, Ensaios Multicêntricos e Meta-análises, para a língua inglesa, em humanos, com dentição definitiva, entre 2003 e 2013, com as palavras-chave “Self-ligating” e “Brackets”. Foram obtidos 43 artigos desta pesquisa, sendo destes selecionados nove, com base na leitura do título e resumo.

Resultados

A literatura evidencia que, embora os brackets autoligáveis de aço inoxidável façam menos fricção estática e cinética, o bending do arame é semelhante ao dos brackets convencionais. Chen e col. (2010) demonstraram que, para o tempo de consulta, a diferença é de apenas 20 segundos por arcada a favor dos sistemas autoligáveis. Fleming e col. (2010), comprovaram uma menor acumulação de placa bacteriana com estes brackets autoligáveis. Para as restantes variáveis, as revisões sistemáticas não encontraram diferenças entre a utilização de brackets convencionais e autoligáveis.

Conclusão e implicações clínicas

Apesar da existência de algumas revisões sistemáticas, estas possuem pouca evidência científica sobre as vantagens ou desvantagens da utilização de brackets auto-ligáveis versus convencionais, não existindo por isso diferenças clínicas entre ambos, à luz do conhecimento atual.