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Introdução
A cárie dentária é a doença mais comum na infância. A expressão “cárie precoce de infância” é usada para se referir a qualquer estágio da lesão de cárie em qualquer superfície de dentes decíduos de crianças até aos 71 meses de idade.
A evolução da doença é capaz de causar grande destruição dos dentes incluindo a sua perda, podendo estas resultar em complicações sistémicas, psicológicas e sociais. Esta doença pode ser prevenida, controlada ou mesmo revertida identificando os fatores de risco atempadamente.
Objetivo
Pretende-se apresentar uma revisão da literatura existente acerca da etiologia, fatores de risco, as consequências e formas de prevenção.
Métodos
Revisão sistemática com informações recolhidas a partir de artigos científicos publicados na base de dados Medline/Pubmed nos últimos 5 anos. As palavras-chave utilizadas foram: “epidemiology of early caries in childhood”, “early caries in childhood” e “early childhood caries”.
Resultados
O processo multi-fatorial desta doença, uma alimentação cariogénica, a transmissão bacteriana vertical mãe-filho ou/e a presença de estados de malnutrição propiciam o desenvolvimento de cárie. A abordagem preventiva e educacional deve contemplar o meio sócio-cultural e familiar de cada criança.
Conclusões
Atualmente, o diagnóstico precoce da cárie precoce de infância e a identificação dos fatores de risco são indispensáveis para estabelecer medidas preventivas que permitem diminuir o impacto negativo das complicações e repercussões desta doença.
Implicações clínicas
A perda precoce dos dentes decíduos pode ter implicações no desenvolvimento dos arcos maxilares, organização correta da oclusão e função mastigatória. O impacto que esta condição exerce faz-se sentir com diminuição de aprendizagem e comportamento social das crianças. Por isso torna-se necessário atuar com medidas de informação e divulgação das consequências e na promoção de hábitos corretos e saudáveis.