Síndrome de Eagle – a propósito de um caso clinico

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Hall dos posters – 21 novembro 2013, 09h30 – Ordem nº

Descrição

Paciente do sexo feminino, com 50 anos. Queixas de disfagia e dor orofacial. Fez tratamento ortodôntico com aparatologia fixa bimaxilar durante 4 anos e tratamento para a desordem temporomandibular com medicação e goteira de relação cêntrica. Nunca foram eliminados totalmente os sintomas.

No exame clínico e ortodôntico concluiu-se ser mesofacial, com Classe I esquelética e uma má-oclusão de Classe I dentária. No exame radiográfico detectou-se calcificação dos ligamentos estilo-hioideus, deste modo fez-se o diagnóstico final de Síndrome de Eagle.

Discussão

O síndrome de Eagle é uma condição que se caracteriza pela presença de apófises estilóides alongadas ou ligamentos estilo-hioideus calcificados, acompanhado de sintomas que podem ser: disfagia, dor craniofacial e cervical, sensação de corpo estranho, sintomas visuais ou síncope.

Assim, esta patologia pode ser confundida com diversas doenças maxilofaciais e da orofaringe. O diagnóstico deve ser clínico e radiográfico. Uma simples ortopantomografia permite, na maior parte das vezes, fazer o diagnóstico diferencial. O tratamento pode ser conservador, apenas para alívio da dor, ou cirúrgico.

Conclusão

O diagnóstico da Síndrome de Eagle deve ser clínico e radiográfico, numa observação detalhada e minuciosa de uma ortopantomografia. É importante despistar esta patologia em pacientes com dor orofacial duradoura, como a paciente que se apresenta neste caso clínico. O tratamento deve ter em conta necessidades de cada paciente, pesando-se as vantagens e desvantagens da remoção cirúrgica e do tratamento conservador.