Agenesias de incisivos laterais superiores permanentes – a propósito de um caso clinico

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Hall dos posters – 21 novembro 2013, 09h30 – Ordem nº

Descrição

Paciente do sexo feminino de 8 anos de idade, dirigiu-se à consulta de Odontopediatria da FMDUP, devido ao atraso da erupção dos dentes. Verificou-se a ausência do gérmen dos dentes 12 e 22, bem como mordida cruzada posterior. Perante esta má-oclusão, o papel da Odontopediatria é fundamental para corrigir a mordida cruzada posterior, sendo este tratamento de carácter prioritário, independentemente da decisão de tratamento da agenesia.

Uma vez que a paciente já tem 10 anos, urge este tratamento, em simultâneo do tratamento de cáries e selantes. Após a correção da mordida cruzada posterior, o estudo ortodôntico revelou que o mais benéfico, nesta paciente, será o encerramento dos espaços, seguido de coronoplastia.

Discussão

Sendo a ausência congénita de um ou mais dentes uma das anomalias de desenvolvimento dentário mais comuns no Homem, podendo estar associadas a más-oclusões, bem como com prejuízos estéticos e funcionais, as agenesias de dentes maxilares anteriores são as que mais frequentemente motivam a solicitação de tratamento. A deteção e o diagnóstico precoce das anomalias dentárias são essenciais na avaliação do paciente odontopediátrico e na elaboração do plano de tratamento.

O profissional pode recorrer à abertura ou à manutenção dos espaços edêntulos reabilitando-os proteticamente. Pode optar, ainda, pelo encerramento dos espaços seguida de reabilitação estética do canino e do pré-molar. Pela variedade de fatores a considerar, não é possível o estabelecimento de uma decisão estereotipada para todos os casos. No entanto, existem critérios que ajudam a definir qual a melhor opção terapêutica.

Conclusão

Cabe ao Médico Dentista tranquilizar os pais, que independente da opção de tratamento, a agenesia tem solução, mas um estudo completo do paciente é fundamental para a opção correta em cada indivíduo.