Diferenças histológicas entre xenoenxerto e osso autologo no levantamento do seio maxilar

Póster > Casos clínicos > Implantologia

Hall dos posters – 21 novembro 2013, 09h30 – Ordem nº

Introdução e objetivo

A insuficiente altura óssea na maxila, em consequência da pneumatização do seio maxilar e/ou da perda óssea, poderá impossibilitar à colocação de implantes dentários sem realizar procedimentos cirúrgicos adicionais. Em 1974 Tatum H. descreveu a técnica de janela lateral para levantamento do seio maxilar de modo a regenerar o osso e possibilitar a colocação dos implantes dentários.

Apesar do osso autólogo ser considerado gold standard, os substitutos ósseos apresentam-se como alternativa, evitando um segundo local cirúrgico e diminuindo a morbilidade da área dadora.

O objetivo é avaliar as diferenças histológicas entre um xenoenxerto porcino (Osteobiol Mp3), comparativamente ao osso autólogo (ramo da mandibula) no levantamento de seio maxilar bilateral.

Descrição

Quatro pacientes, com necessidade de sinus lift bilateral para reabilitação com implantes, idade entre os 42 e os 64 anos, sem patologias sistémicas, não fumadores e exibindo uma disponibilidade óssea residual entre os 2-5mm. Realizou-se a técnica da janela lateral e preencheu-se o seio maxilar com o material indicado no envelope lacrado, que randomizava os casos, com posterior colocação de membrana de colagénio “Evolution”.

Após seis meses, no dia da colocação dos implantes, as amostras ósseas foram recolhidas com uma trefina, fixadas em formol tamponado, descalcificadas e coradas com hematoxilina eosina. Procedeu-se ao cálculo das proporções de tecido ósseo (51,8±5.2) / tecido conjuntivo (45,9±3,1) para o osso autologo e 54,5±7,5/47.9±9,8 o xenoenxerto com o programa informático ImageTool 3.0 e a análise estatística com o SPSS 21.0. Não foram detetadas diferenças estiticamente significativas (P≤0,05).

Conclusão e implicações clínicas

Apesar das diferenças histológicas encontradas os resultados clínicos parecem indicar que a utilização de um xenoenxerto na elevação do seio maxilar é uma opção viável.