Técnica de barreira apical com MTA

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Hall dos posters – 21 novembro 2013, 09h30 – Ordem nº

A técnica de barreira apical com MTA tem duas principais indicações, dentes necrosados com ápices imaturos e dentes maduros que sofreram uma grande reabsorção radicular externa. O que liga estas duas situações é a ausência de conicidade do canal radicular, que dificulta uma obturação convencional.

Outras situações podem justificar esta técnica, baseando-se na excelente capacidade de selamento, biocompatibilidade e bioatividade deste cimento. São apresentados três casos clínicos representativos de três situações clínicas diferentes que indicam a técnica de barreira apical com MTA. Os casos apresentados seguem o mesmo protocolo.

Numa primeira consulta foi realizada a cavidade de acesso endondôntico, e uma cuidadosa remoção do tecido pulpar necrosado a par da irrigação com hipoclorito a 3%, a que se seguiu uma medicação intracanalar com pasta de hidróxido de cálcio. Uma semana depois foi introduzido o cimento de MTA, assegurando uma altura mínima de 4mm com uma condensação mista manual e ultrassónica.

O canal manteve-se húmido através da colocação de uma bola de algodão humedecido durante mais uma semana. Na terceira consulta o restante canal foi obturado com cimento AHPlus e gutapercha e a camara pulpar restaurada com resina composta. A percentagem de sucesso desta técnica descrita na literatura recente ronda 90% em casos com presença de periodontite apical e 96% em casos de ausência de periodontite apical.

As três situações mostraram uma evolução favorável, que possivelmente não seria conseguida se utilizada uma técnica de obturação convencional. A ausência de conicidade dos canais, dificultaria outras técnicas, não só pela falta de travamento apical, sob risco de extravasamento de material, mas também pela presença de humidade no interior do canal prejudicial ao comportamento dos outros materiais de obturação.