Primeiro molar mandibular com três canais distais

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Hall dos posters – 21 novembro 2013, 09h30 – Ordem nº

Introdução

O sucesso do tratamento endodôntico está também dependente da desinfeção do sistema canalar e da sua obturação com um material inerte. A identificação da anatomia do sistema canalar é imperativa para a maximização do sucesso do tratamento. Apresenta-se o tratamento dum primeiro molar inferior com cinco canais com uma configuração Tipo VIII de Vertucci na raiz distal.

Descrição

Paciente do sexo masculino, 58 anos de idade, com história médica irrelevante, apresenta-se com queixa dolorosa espontânea na zona mandibular esquerda. O exame clínico revela percussão vertical dolorosa no dente 36, sem queixas à palpação e sem bolsas periodontais superiores a 3mm. Os resultados do teste ao frio nos dentes do terceiro quadrante foram positivos em todos os dentes, contudo no dente 36 esta resposta foi prolongada.

No exame radiográfico diagnosticou-se cárie profunda em distal no dente 36 sendo estabelecido o diagnostico de pulpite irreversível. O exame da câmara pulpar revelou 5 canais radiculares distintos: dois na raiz mesial e três na distal. Após instrumentação e desinfeção os canais foram obturados com gutta percha pela técnica de condensação latero-vertical.

Discussão

A variação morfológica radicular mais comum nos primeiros molares inferiores é a presença de uma canal médio em mesial com uma incidência de 1-15% (Baugh e Wallace, 2004). A incidência de três canais distais varia entre 0,2 a 3% (Kottoor, Sudha e Velmurugan, 2010). A ausência de reconhecimento e tratamento dum canal é uma das causas de insucesso no tratamento endôdontico. O conhecimento das principais variações anatómicas é por isso determinante para o sucesso dum tratamento endodôntico.

Conclusão

A prevalência da configuração Tipo VIII de Vertucci na raiz distal é rara, contudo deve ser considerada de forma a maximizar o sucesso do tratamento endodôntico.