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Descrição
Paciente 40 anos, atendida na clínica da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, portadora de uma prótese total maxilar, com câmara de vácuo. Clínicamente observou-se, no palato duro, uma lesão em forma de “prega” com tecido hiperplásico firme e fibroso medindo 1.0×0.5×0.2, e uma lesão eritematosa e ulcerada na proximidade. O tratamento proposto foi a excisão da lesão e a vaporização da eritroplasia com laser de díodo, sem suturar. Após o preparo do campo operatório realizou-se a anestesia infiltrativa utilizando lidocaína a 2%com epinefrina (1:80.000) em redor das lesões.
Protocolo cirúrgico
2,5W, modo contínuo, fibra 400µm com angulação de 15º aproximadamente, durante 5 min. Cuidados pós-operatórios: aplicação de clorohexidina gel 2% sobre a ferida, prescrição de Paracetamol 500mg em caso de dor. Macroscopicamente, aos 21 dias, a ferida estava reepitelizada e o paciente sem sintomatologia dolorosa.
Diagnóstico histológico
Hiperplasia fibrosa inflamatória. O prognóstico clinico é favorável desde que, seja confecionada uma nova prótese total maxilar.
Discussão
A Epúlis Fissuratum é uma hiperplasia no tecido conjuntivo e está associada a bordos de próteses mal adaptadas. O tratamento consiste na excisão cirúrgica e confeção de nova prótese. Selecionamos o laser de díodo devido às suas vantagens em comparação com bisturi cirúrgico convencional tais como: facilidade de ablação dos tecidos moles, hemostasia, redução de bacteremia, esterilização instântanea, pouca contração de feridas, redução do edema, mínima cicatriz, reduzido trauma mecânico, menos dor pós-operatória, ausência de sutura, e boa aceitação pelos pacientes. Com os mesmo parâmetros outros autores realizaram exéreses de papiloma, vestibuloplastia e gengivectomia com a cicatrização completa das feridas no período de 21 a 30 dias de cirurgia.
Conclusões
O laser de díodo é a opção de tratamento ideal para este tipo de lesões com o mínimo de efeitos adversos.