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Foram aplicados 512 inquéritos numa feira de saúde, com o objectivo de avaliar o conhecimento e informação sobre HPV, nomeadamente a sua relação com cancro oral, numa população indiferenciada da cidade do Porto.

Dos 512 inquéritos, foram excluídos 24 (casos de inquéritos incompletos, mal preenchidos ou adulterados), resultando numa amostra final de 488 questionários aptos para serem utilizados no nosso estudo. Colocaram-se várias questões que incluíam informação sobre idade, sexo, nível de escolaridade, cancros mais frequentes e cancros associados à infeção por HPV.

Da amostra total de 488 inquéritos, 257 foram realizados a indivíduos do sexo masculino e 231 do sexo feminino. Quando questionamos os indivíduos sobre os cancros que conheciam, o mais vezes referido foi cancro da mama, referido por 44% dos inquiridos sendo que o cancro oral foi referido por apenas por 11% dos indivíduos.

Dos inquiridos, 52% demonstrou consciência entre a relação do cancro oral e de hábitos tabágicos. A concordância relativamente à detecção precoce do cancro oral e a sua relação com o aumento do sucesso de tratamento foi de 93%, no entanto nem todos crêem que alterações na sua vida possam reduzir o risco de ter cancro da boca.

Apesar disso, apenas 8,4% dos indivíduos realizaram um rastreio orientado para o cancro oral.Dos cancros associados aoHPV, o cancro do colo do útero obteve 69% das respostas,enquanto o cancro da cavidade oral foi referidoem 33% das opções. Notou-se níveis de conhecimento mais elevados em indivíduos do sexo feminino (p<0.05) e com formação mais especializada (p<0.05).

Existe escasso conhecimento sobre HPV e cancro oral na população estudada, principalmente em indivíduos do sexo masculino e com pouca formação académica.

Estes resultados confirmam que a informação e consciencialização para este problema aumentam o conhecimento sobre a infeção por HPV no ser humano nomeadamente a sua relação com o cancro oral.