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Introdução e objetivos
Em 1987, Maness et al relataram pela primeira vez o desenvolvimento de um dispositivo de análise occlusal computadorizada (T-Scan® Tekscan Inc.). No entanto, a última geração do sistema carece de estudos independentes sobre o seu desempenho (precisão, sensibilidade e reprodutibilidade), que nós testamos em diferentes situações anatómicas simuladas.
Materiais e métodos
Foram criadas 4 mesas oclusais diferentes:
- duas a 120° representadas por um primeiro molar inferior artificial (Ivoclar®, Vivadent) incluido ou não num simulador de ligamento periodontal;
- uma a 100° (simulando a oclusão dos dentes anteriores);
- uma superfície plana (180°) em posições estática e variável. Três níveis de força (10N, 50N e 150N) foram aplicadas no sensor, 40 vezes cada, por uma máquina de testes universal (Autograph®, AG-I) com uma broca esférica (diâmetro = 2,2 mm).
- Uma ANOVA com correções de Bonferroni para testes post-hoc foi utilizada para comparações múltiplas.
Resultados
De acordo com nossos resultados:
- 85% dos outliers estão contidos nos 5 primeiros valores, e representam o tempo de condicionamento do sensor;
- Diferenças gráficas e estatísticas (p <0,05) foram encontradas: o nos coeficientes de variação entre as mesas (180°-Variável versus todos os outros) o nos coeficientes de variação entre as cargas aplicadas (10N vs 50N vs 150N); o na média de RAW-sum entre as mesas para a mesma carga.
Conclusões
A análise oclusal computadorizada não dispensa completamente da subjetividade do operador na tomada de decisões clínica. Em relação ao T-Scan®HD III:
- A sensibilidade parece ter melhorado em comparação com gerações mais antigas.
- A reprodutibilidade foi provada, com exceção dos cinco primeiros valores (condicionamento do sensor);
- A precisão provou ser dependente das circunstâncias anatómicas;
- Deve-se ter cautela ao interpretar as % de força de um modelo rígido versus não-rígido (ex. ao ajustar uma oclusão dente-implante).