Conhecimentos de saúde oral em cuidadores de idosos institucionalizados em Vagos – Aveiro

Póster > Investigação > Medicina Dentária Preventiva

Hall dos posters – 21 novembro 2013, 14h30 – Ordem nº

Introdução

As evoluções técnicas e científicas proporcionam uma melhoria das condições de vida da população e, consequentemente, um aumento da esperança média de vida. Com o avançar da idade as alterações fisiopatológicas, orgânicas e mentais podem aumentar o risco de necessidade de institucionalização.

Os idosos institucionalizados geralmente apresentam necessidades especiais na saúde oral, devendo ser os cuidadores os responsáveis pela higiene oral diária destes. A formação destes cuidadores é essencial para o assegurar de cuidados básicos de higiene oral contudo, poucos estudos tem assumido esse foco.

Objetivo

O objetivo do estudo foi o de avaliar os conhecimentos dos cuidadores de instituições para idosos.

Materiais e métodos

Foi organizado um estudo de intervenção comunitária em Lares e Centros de Dia no Concelho de Vagos, através de questionário aplicado prévia e posteriormente a uma formação de promoção da saúde oral. Recorreu-se a testes não-paramétricos de McNemar e de qui-quadrado. Recorrendo-se para análise estatística ao SPSSv20. Participaram 140 cuidadores, com média (dp) de idade de 43,7±10,4 anos, em que 34,3% com experiência profissional há mais de 10 anos e 34,3% frequentou até ao 9º ano de escolaridade.

A higiene oral é indicada por 91,4% como principal fator de risco para a doença cárie e em 77,1% para a doença periodontal aquando do 1º questionário. Após a formação passa a ser identificada a higiene oral como principal fator de risco da doença cárie para 92,9% e por 93,6% para a doença periodontal. Na identificação dos momentos mais adequados para a realização da higiene oral sofre um incremento de 70% para 72,1% após a realização da formação.

Conclusão

Este estudo de intervenção comunitária através da literacia em saúde permite identificar este tipo de formação como uma ferramenta válida, no entanto, outros fatores culturais, educacionais podem contribuir para as alterações de comportamento face à promoção da saúde oral junto de idosos institucionalizados.